Corredor de Estrelas 2/...
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Corredor de Estrelas 2/...
Crie esse conto sem pretensão alguma, há algumas horas atrás quando a internet parou de pegar A minha intenção era fazer uma pequena série de capítulos curtinhos para se ler rápido (menos de 500 palavras). Eu acabei me empolgando um pouco e já fiz dois capítulos, espero que gostem.
Corredor de Estrelas
Capítulo 1: Revolução dos homens
Os homens sempre aspiraram ser como nós. Eles nos viam dançando de oriente a ocidente por entre as nuvens. Nós sempre fomos superiores, víamos o mundo de cima, os homens não passavam de formigas pra gente. Nós gostávamos mesmo de nos sentir especiais, sempre com os olhos virados para baixo, como se fossemos reis assentados num trono enquanto os plebeus se prostravam perante a nossa presença.
O homem, por sua vez, era diferente da gente. Eles não olhavam para baixo e enxergavam as formigas como... Bem, formigas. Eles olhavam para cima, eles nos contemplavam e sonhavam em alçar voos como nós. Os homens eram ambiciosos; e o que poderia ser visto como defeito para muita gente, é o que na verdade coroou o homem como rei. Fomos preguiçosos, demoramos demais para perceber. Num dia estávamos mais alto que qualquer animal pudesse sonhar. Noutro dia, perdemos nosso espaço para as máquinas de metal dos homens.
É esse tipo de situação que costuma receber o nome de revolução. Os pássaros que desde os primórdios dos tempos mantiveram sempre o esplendor das alturas, de alcançar as mais altas nuvens no céu. Foi como se durante toda a nossa história estivéssemos em busca de uma nuvem específica, mais alta que todas as outras. E finalmente, depois de eras e mais era; na distância de menos de um bico, aquela coisa apareceu e jogou-nos, afundou-nos, na lama da vergonha.
Não há mais nada a se fazer, tudo o que aconteceu foi, no final, resultado de nossas próprias ações. Nós nos conformamos com as nuvens mais baixas, e deixamos ser alcançados pelo pássaro de ferro. Ontem suberanos dos ares, majestosos entre todos os demais; hoje, não mais que girinos afundados na lama.
Qualquer vestígio de esperança simplesmente se extinguiu. Bem, pelo menos para a maioria de nós. É em momentos de crise, como agora, que sabemos quem merece realmente ocupar as alturas. Foi afundado na lama, abrigado a me debater e olhar para as nuvens; eu aprendi a lição. Antes de qualquer outro, sacudi minhas penas e sacudi. Vi o céu como nunca havia notado antes. Atrás das nuvens, atrás do sol, atrás de qualquer outra coisa. Vi as estrelas.
Nos achávamos tão grandes por poder olhar para baixo e ver os outros animais como formigas. Esse tempo todo elas nos observaram, silenciosamente, como formigas. Eu descobri que a vida é uma corrida. Nessa corrida, não ganha aquele que chegou primeiro; mas sim, aquele que mais aprendeu com os seus erros no caminho. Se preparem humanos... Essa foi só a primeira volta. Aprendi com os meus erros. A vantagem é minha; mas a corrida só começou.
Capítulo 2: Mantenha distância novo!
Corredor de Estrelas
Capítulo 1: Revolução dos homens
Os homens sempre aspiraram ser como nós. Eles nos viam dançando de oriente a ocidente por entre as nuvens. Nós sempre fomos superiores, víamos o mundo de cima, os homens não passavam de formigas pra gente. Nós gostávamos mesmo de nos sentir especiais, sempre com os olhos virados para baixo, como se fossemos reis assentados num trono enquanto os plebeus se prostravam perante a nossa presença.
O homem, por sua vez, era diferente da gente. Eles não olhavam para baixo e enxergavam as formigas como... Bem, formigas. Eles olhavam para cima, eles nos contemplavam e sonhavam em alçar voos como nós. Os homens eram ambiciosos; e o que poderia ser visto como defeito para muita gente, é o que na verdade coroou o homem como rei. Fomos preguiçosos, demoramos demais para perceber. Num dia estávamos mais alto que qualquer animal pudesse sonhar. Noutro dia, perdemos nosso espaço para as máquinas de metal dos homens.
É esse tipo de situação que costuma receber o nome de revolução. Os pássaros que desde os primórdios dos tempos mantiveram sempre o esplendor das alturas, de alcançar as mais altas nuvens no céu. Foi como se durante toda a nossa história estivéssemos em busca de uma nuvem específica, mais alta que todas as outras. E finalmente, depois de eras e mais era; na distância de menos de um bico, aquela coisa apareceu e jogou-nos, afundou-nos, na lama da vergonha.
Não há mais nada a se fazer, tudo o que aconteceu foi, no final, resultado de nossas próprias ações. Nós nos conformamos com as nuvens mais baixas, e deixamos ser alcançados pelo pássaro de ferro. Ontem suberanos dos ares, majestosos entre todos os demais; hoje, não mais que girinos afundados na lama.
Qualquer vestígio de esperança simplesmente se extinguiu. Bem, pelo menos para a maioria de nós. É em momentos de crise, como agora, que sabemos quem merece realmente ocupar as alturas. Foi afundado na lama, abrigado a me debater e olhar para as nuvens; eu aprendi a lição. Antes de qualquer outro, sacudi minhas penas e sacudi. Vi o céu como nunca havia notado antes. Atrás das nuvens, atrás do sol, atrás de qualquer outra coisa. Vi as estrelas.
Nos achávamos tão grandes por poder olhar para baixo e ver os outros animais como formigas. Esse tempo todo elas nos observaram, silenciosamente, como formigas. Eu descobri que a vida é uma corrida. Nessa corrida, não ganha aquele que chegou primeiro; mas sim, aquele que mais aprendeu com os seus erros no caminho. Se preparem humanos... Essa foi só a primeira volta. Aprendi com os meus erros. A vantagem é minha; mas a corrida só começou.
Capítulo 2: Mantenha distância novo!
- Spoiler:
Fiquei perplexo quando vi aquilo. Era enorme. Maior que qualquer pássaro de ferro. Soube na hora, os homens haviam aceitado o meu desafio, voaríamos mais alto que qualquer homem ou pássaro já imaginou. Atravessaríamos qualquer fronteira. E quando olhássemos para trás, pouco veríamos das nuvens, do sol ou das estrelas. Eu estava mais animado do que nunca.
Partiria em breve para uma viagem ao infinito. Não sabia quando, ou se, voltaria algum dia. Nessa minha viagem eu teria que sobreviver com o mais básico possível, um pouco de água, um pouco de pão. Com cuidado para não carregar muito peso, afinal, eu estava numa corrida. “E quando faltar água?” me perguntaram muitos... Bom, quando faltar água, será a minha anseia por aventura a minha água, o meu pão. E quando eu estiver cansado, mesmo que minha mente pereça, meu corpo não há de me abandonar.
Esperei ansiosamente até o momento certo. Apesar do ataque surpresa que haviam armado contra nós, eu tinha que mostrar superioridade. De um lado eu; de outro, o gigantesco pássaro de metal. No topo dele, dois ou três homem. No último segundo, tenho certeza, eles viraram os olhos para mim, eles voariam para vencer com certeza.
Começou a contagem, encolhi meu corpo e me preparei para alçar voo. Eles estavam tão apreensivos quanto eu. Entorno deles, uma multidão enorme gritava euforicamente, eles não me amedrontaram, pude perceber como se sentiram frustrados por eu os ter ignorado. Eu também tinha a minha própria torcida é claro. Pássaros de todos os tipos vieram me ver, até mesmo as corujas.... Ah, como eu as odeio.
Faltava pouco, virei os olhos pro céu. Foi um momento bastante esquisito. Por fora, eu estava muito ansioso; mas, por dentro, eu estava sereno, tão sereno quanto uma garça. Tenho certeza que humano algum possuía tamanha certeza da vitória quanto eu possuía. Os segundos finais passaram em minha cabeça como anos. Eu já podia imaginar alcançar as estrelas, pegá-las com a mão, digo, com a pata.
O som de milhares de disparos de canhões tiraram a minha concentração. Eles já estavam saindo do chão. Rapidamente, tentei me recompor, mas era tanto barulho que estava difícil recuperar o equilíbrio. “Se concentra!” gritei comigo mesmo. Finalmente, levantei a pata direita e alcei voo. Bati as asas o mais forte que pude. Eu estava na frente, eles ainda não estavam tão longe do chão.
De repente, eles subiram numa velocidade tão grande que não pude acompanhar. O pássaro de ferro era tão poderoso, que o seu simples “bater de asas” me jogou pra longe. Rolei pela colina. E vi os meus sonhos rolando comigo. Eu, uma simples ave, ousei competir com eles. Fui parar aos sapatos de um deles. Olhei pro seu rosto, ele ria de mim. Que humilhação. Toda a multidão ria de mim. Corri, corri, corri; o mais rápido que pude, quando fui bater as asas para sair dali... Fui pego pelo pescoço.
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